Abuso Narcisista, Estresse e o Cortisol

O relacionamento com um narcisista é altamente estressante. O drama, o caos, a instabilidade e os abusos são a norma. O humor do narcisista é imprevisível e a vítima nunca sabe o que esperar. Ela está sempre “pisando em ovos”.

No convívio com um narcisista, o estresse crônico e a preocupação frequente podem desencadear a desregulação dos níveis de cortisol no organismo, comprometendo o seu sistema imunológico.

O cortisol, é um hormônio que regula as muitas maneiras como nossos corpos reagem ao estresse físico e emocional. Por isso ele também é conhecido como o hormônio do estresse. Ele está envolvido nas respostas da ação anti-inflamatória e do sistema imunológico, nos níveis de açúcar no sangue, no metabolismo, na fertilidade, na contração do coração e vasos sanguíneos e na pressão arterial.

A exposição contínua a elevados níveis de cortisol pode resultar numa série de problemas físicos e mentais, tais como ansiedade, insônia, depressão, problemas de estômago, diminuição da densidade óssea, aumento da gordura abdominal, cicatrização lenta de feridas, redução da massa muscular, hipertensão arterial e doenças do coração.

Fadiga Adrenal

O estresse excessivo pode também resultar em diminuição do cortisol. Essa condição é conhecida como fadiga adrenal. Baixos níveis de cortisol podem resultar em cansaço, confusão mental, desequilíbrios de açúcar no sangue, inflamação, níveis baixos de tireóide, baixa pressão arterial, diminuição da imunidade e aumento da susceptibilidade à doença.

Algumas sequelas físicas comumente relatadas por vítimas de abuso narcisista são a fibromialgia, artrite, câncer, e várias outras doenças auto-imunes raras.

Se você suspeitar que seus níveis de cortisol podem estar muito altos ou muito baixos, consulte o seu médico e solicite testes de cortisol. Um desses testes, utiliza uma amostra de sangue, e o outro utiliza uma amostra salivar para medir a quantidade de cortisol presente no organismo.

Seu médico pode usar o teste para avaliar o funcionamento das glândulas supra-renais, e para determinar se os níveis de cortisona são o resultado de stress, ou se há outras questões envolvidas.

Por Silvia Rawicz – Psicóloga
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